Origens
A origem da casta Alvarinho
Existem várias teorias sobre a origem da casta Alvarinho. Uns dizem que veio do Reno, outros, que veio da Grécia e outros (talvez os mais certos) que é originária do Nordeste da Península Ibérica, mais precisamente desta Sub-região, onde, ao longo dos séculos, se acomodou às caraterísticas do solo e do clima. Pelo decreto-lei no 275/73, em Portugal confirmou-se e legalizou-se a tradição.
Reservou-se a designação Alvarinho de denominação de origem ao vinho produzido exclusivamente na Sub-região de Monção e Melgaço da Região Demarcada dos Vinhos Verdes, onde existem as condições ideais de microclima e solo para o cultivo e maturação desta uva única e genuína. Como se tratam dos vinhos mais graduados da Região Demarcada, existe uma regulamentação específica para os mesmos.
Casta Alvarinho
A casta Alvarinho é um dos maiores tesouros de Portugal.
É considerada por reconhecidos experts a melhor casta branca portuguesa e uma das melhores castas do mundo. É da Sub-região de Monção e Melgaço que se revela e atinge o máximo das suas potencialidades, num território único, por razões naturais de solo e microclima. Monção e Melgaço, de curta distância ao Oceano Atlântico, mantêm-se protegidos dos ventos marítimos por montanhas numa suspensão natural que permite uma conjugação perfeita entre a pluviosidade, a temperatura e o número de horas de sol necessários à melhor maturação das uvas da casta Alvarinho. As vinhas plantadas em anfiteatros de singular beleza, a meia encosta, encontram-se assim num espaço soalheiro refrescado pelo curso do rio Minho.
Alvarinho é uma casta branca da espécie da vitis vinífera, que dá origem a cachos muito pequenos, alados e medianamente compactos, o que a torna uma casta pouco produtiva, aspeto contemplado nos estatutos da região, que lhe fixa um rendimento máximo por hectare de 60 hl contra o de 80 hl para as restantes castas. Dá origem a vinhos únicos, de personalidade e temperamento forte, facilmente identificáveis, com qualidades combinadas. De cor citrina e de aroma exuberante, o alvarinho é requintado, encorpado e robusto. Caracteriza-o a elegância, o equilíbrio, a mineralidade. A acidez e a frescura fazem com que sejam vibrantes e alegres. O título alcoómetro mínimo do vinho alvarinho é de 11,5% vol., muito acima dos padrões tradicionais dos restantes verdes (9%).
O ciclo da Vinha
Desde o cultivo ao engarrafamento.
A qualidade das uvas advém de razões naturais de solo e microclima, mas também de práticas culturais de quem trata delicadamente as vinhas e apura criteriosamente o melhor estado de maturação para as vindimar, fase capital para a definição da performance do vinho. Na vinificação, a Quintas de Melgaço segue os métodos e práticas enológicos tradicionais considerados mais adequados para a sub-região, que concorrem para extrair toda a qualidade das uvas que chegam à adega. É nesta fase que a Quintas de Melgaço imprime cuidadamente identidade própria aos vinhos que produz.
Previamente ao engarrafamento, os técnicos especialistas atendem a que o vinho apresente uma composição química correta, esteja devidamente límpido e apresente qualidades em prova. Para certificação, o vinho é submetido ao laboratório da Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, que, após aprovação, emite os selos de garantia. O engarrafamento é efetuado com certificação visível na rotulagem e no respetivo selo de garantia da CVRVV apostos na garrafa. Para que o vinho evolua bem na garrafa, e tenha um bom comportamento no copo, preocupamo-nos com a qualidade da garrafa e da rolha.